Ensinos de uma pandemia

Todos temos vivenciado a chegada da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) no Brasil nos últimos dias. Ainda existem muitas incertezas de como esse novo vírus irá se desenvolver em nosso país. Tudo o que projetamos para é baseado em realidades de saúde, clima e população diferentes. Ainda não vemos hospitais em situações caóticas, pessoas doentes ao nosso redor, ruas vazias ou um cenário extremo de que os analistas falam. A previsão é que a situação comece a piorar nas próximas semanas e dure alguns meses.

Diante disso, alguns se desesperam com o caos que pode ocorrer e outros acham que é tudo uma grande histeria coletiva e que estamos fazendo uma tempestade em copo d’água. Uns dizem que isso é estratégia de Satanás e outros dizem que não temos o que fazer a não ser descansar em Deus. Não sei de que lado você está, mas com certeza a Bíblia tem uma orientação para você.

Sempre que coisas ruins acontecem, perguntas como “onde está Deus?” surgem. Ou ainda “por que Ele deixou isso acontecer?”. Tentando responder, podemos cometer alguns erros como, por exemplo, considerar essa situação como uma vitória (mesmo que momentânea) de Satanás. Talvez pensemos que existe uma competição e o Diabo passou à frente de Deus e lançou essa maldição sobre a humanidade.

A primeira coisa a se lembrar com o Coronavírus é que essa crise não está fora dos planos e do controle de Deus. Não devemos nos rebelar contra Ele ou perguntarmos: “Que é isso que está fazendo?” (Rm 9.19-21). O governo de Deus é para o louvor de sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia². Tudo o que Ele faz é para a Sua glória e para a salvação dos Seus filhos (Rm 8.28). A providência divina alcança todos os lugares, todas as pessoas e todos os acontecimentos. Não há nada que ocorra no mundo que não esteja sob a determinação e comando de sua vontade. Não há nenhum vírus que apareça e se espalhe “por acaso”, por consequência da natureza ou por puro azar do ser humano (Pv 16.33).

Isso deve ser motivo de descanso para os crentes. Sabemos dos feitos do SENHOR para preservar e abençoar o Seu povo desde Noé, Jó, Abraão, José, Moisés, Davi e tantos outros irmãos na fé que foram colocados à prova e passaram dificuldades, porém foram achados como servos fiéis do Deus vivo.

Ao mesmo tempo que devemos nos guardar do perigo, Deus nos chama para servir ao próximo renunciando a direitos. O amor e o serviço são marcas distintivas do cristianismo. Ainda sob o Império Romano, o cristianismo teve seus maiores crescimentos em tempos de calamidade. Enquanto os pagãos fugiam das cidades afetadas abandonando família e amigos, os cristãos mostravam compaixão e cuidavam não só de outros crentes, mas também dos ímpios abandonados à morte. Esse testemunho foi tão grande que posteriormente imperadores fundaram entidades de caridade baseadas nas ações dos cristãos para que estes não crescessem mais em número nessas situações.

 “Um mundo assustado precisa de uma igreja sem medo” – A. W. Tozer

Se a situação exigir, como a Igreja responderá a uma calamidade? Devemos estar de joelhos orando e indo ajudar os que precisam. Assistir nossos irmãos e testemunhar aos de fora. Somos um povo que não deve temer. No passado, o povo de Deus atravessou mares (Êx 14. 15-30; Js 3.14-17) e derrubou muralhas (Js 6), mas falhou ao confiar que Deus daria a terra prometida (Nm 13 e 14). Talvez tenhamos doentes no nosso caminho e teremos que escolher se passaremos de largo ou se nos compadeceremos (Lc 10.25-37).

Deus nos salvou segundo sua vontade para as boas obras (Tg 2.18). Preparemo-nos em oração e estejamos prontos para a ação. Cuidemos de nossa vida e da vida dos outros e as entreguemos nas mãos de Deus. Que Deus nos ajude!

Matheus Solino, Presbítero da Igreja Presbiteriana da Lapa (IPB) – São Paulo/SP, Médico – Ginecologista e Obstetra, Médico Residente em Mastologia

(Extraído e Adaptado de https://ipb.org.br/informativo/ensinos-de-uma-pandemia

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